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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vale Europeu

O circuito de cicloturismo do Vale Europeu fica em Santa Catarina e passa pelas cidades de Timbó, Pomerode, Indaial, Rodeio, Dr. Pedrinho, Alto Cedro e Palmeiras. De tão bom que é pedalar por lá, eu fui duas vezes num intervalo de 6 meses. A primeira pedalada foi nos dias 6, 7 e 8 de setembro de 2008, já a segunda foi feita nos 4 dias de carnaval de 2009. Detalhe, para se percorrer os 300 km's do trajeto tranquilamente, são necessários 7 dias. Caso alguém queira saber mais sobre o Vale Europeu, segue o link abaixo:

Os relatos sobre essas duas aventuras serão descritos em ordem cronológica, ou seja, primeiramente a viagem de 2008 e depois a de 2009.

Vale Europeu, Setembro de 2008

DIA 05/09/2008

Sexta-feira, último dia de trabalho antes do feriado. Saí do serviço as 12:30 e as 13:00 já estava na Rodoferroviária de Curitiba, junto com o João ( um novo companheiro de pedal que conheci no site dos amigos do pedal), para pegarmos um ônibus até Timbó-SC. A viagem até Timbó demorou muito mais tempo do que imaginávamos e acabamos chegando no destino lá pelas 19:00 horas. Primeiramente fomos comer uma pizza, muito boa por sinal, e depois fomos procurar lugar para acampar. Perguntamos na prefeitura e o funcionário disse que deveríamos falar com os policiais. Esperamos no máximo uma meia hora até que um carro da polícia aparecesse e nos desse autorização para acamparmos na frente da prefeitura. Então montamos nossas barracas perto de algumas árvores e guardamos nossas bikes dentro do prédio público. Logo em seguida apareceram o Sérgio e a Beth, outros integrantes do grupo amigos do pedal. Combinamos o horário para o dia seguinte e nos despedimos, pois o casal iria dormir num hotel.

DIA 06/09/2008 - TIMBÓ - RODEIO - 1º Dia
 
No hotel quando o Sérgio e a Beth estavam saindo conheceram o Antonio(Japonês) que iria fazer o pedal sozinho. Convidaram ele para fazer o pedal conosco e ele aceitou. Iríamos pedalar em 5 pessoas: João, eu, Sérgio, Beth e Antonio.
Saímos debaixo de muita chuva sentido inteiror do munícipio de Timbó. O visual é FANTÁSTICO!!!  Igrejas centenárias, cultura de nossos antepassados, etc.
Perto da metade do dia chegamos em Pomerode, povo de cultura essencialmente alemã, é a cidade que disputa o título de mais alemã do Brasil dada as suas características colonizatórias..Aqui começa o segundo trecho de nossa expedição. Ele vai de Pomerode via Rota Enxaimel, passa pela WunderWald e termina em Indaial. Um dos trechos mais bonitos de nossa viajem. Passamos por este trecho maravilhoso e lá visualizamos várias corredeiras e cachoeiras, prelúdio das belezas que ainda veríamos com mais abundância. Entretanto enfrentamos nossa primeira subida forte que logicamente fui superada.
Chegamos em Indaial por volta das 18:30h e estávamos morrendo de fome (não paramos nem para almoçar). Achamos um boteco que um dos donos era ADORADOR de bicicletas e no final do Rango (um super mega blaster x-salada) ficamos conversando com ele. 
Saímos de Indaial e fomos para Rodeio. A noite já havia caído e tivemos que utilizar nossas lanternas. Em Ascurra passamos muito rápido, pois o trecho era  praticamente plano. O único problema era identificarmos as sinalizaçoes de trecho na escuridão. Ao sairmos de Ascurra nos deparamos com a BR-470, ligamos para o Hotel para verificarmos as reservas e onde ficava o hotel, mas a moça que nos atendeu entendeu errado a referência que passamos e falou para virarmos a esquerda no trevo. Depois de quase 20 minutos de pedal,  o Sérgio suspeitou que estávamos indo para o caminho errado, deu uma checada no GPS e de fato... estávamos indo para Apiúna. Voltamos tudo e seguimos definitivamente para rodeio. Chegamos no Hotel Paradiso as 22:30, com 123 km pedalados.
  
DIA 07/09/2008 - RODEIO - DR. PEDRINHO - 2º Dia

Antes de sairmos do hotel, fomos conhecer a linda cachoeira que fica no terreno do próprio hotel. Show de bola. Depois pegamos a subida do Ipiranga, uma subida forte de 10 km, mas a paisagem compensava. Durante a subida, avistamos várias estátuas de anjos e quase na metade do aclive tiramos fotos numa estátua do Cristo. Pelo que soubemos, todas elas foram feitas por um senhor que tem uma casa ali perto e que é considerado o segundo homem mais feliz do mundo. Como mediram a felicidade dele? Sei lá.
Após a subida, veio uma forte descida até pararmos numa ponte para tirarmos uma bela foto. Depois passamos pela Igreja Enxaimel, por lindas cascatas e quando a noite já havia caído, nosso destino foi alcançado. Dr Pedrinho tem um hotel lindo, com muita paz e sossego, porém caro.

DIA 08/09/2008 - DR. PEDRINHO - TIMBÓ - 3º Dia

Partimos bem cedo, rumo a Alto Cedro. Neste trecho alcançaríamos o ponto mais alto do circuito, algo em torno de 915m. Nosso objetivo era terminar o circuito neste dia, pois o Antonio e eu teríamos que trabalhar no dia seguinte. Faltavam mais de 140km para terminar e o relevo deste trecho não era nada fácil. O clima como havía sido previsto estava nublado o que nos daria uma folga quanto a subir as serras, porém a temperatura estava baixa, por volta dos 6º graus. O negócio era pedalar para se esquentar. 
Mas o trecho começou leve e logo chegamos na cachoeira do Véu da Noiva. Enquanto o pessoal continou o pedal, eu fui conhecer a tal cachoeira. Valeu a pena, ela é linda. Após, apertei o passo e encontrei o pesssoal novamente. Seguimos cada vez mais embrenhados no meio da floresta nativa da região. De repente a trilha acabou e tinha um riacho a nossa frente. Isso mesmo um riacho cortava a estrada, mas o nível da água estava bem baixo o que facilitou nossa passagem por ele, realmente uma situação inusitada. Passamos por alguns trechos onde tínhamos que abrir várias porteiras e depois caímos em uma bifurcação a beira de uma represa, lugar muito bonito com muitas casas lindas e jardins bem cuidados. Foi quando chegamos no Parador da Montanha, um hotel fantástico a beira da represa e pelo preço do almoço (R$ 20,00 por pessoa) dava para ter noção do negócio. 
Ficamos um pouco no hotel para descansarmos, deixar a bóia "descer"  e depois seguimos nossa viagem rumo a Palmeiras. Dá-lhe subida, mais subida e subida.  As 17:30h atingímos o ponto mais alto do circuito (915metros) e podem acreditar estava MUITO FRIO!!!
Neste ponto aconteceu um situação que infelizmente não pudemos registrar com fotos. A Beth estava atrás do pelotão e começou a gritar desesperada. Achamos que ela tivesse caído da bike, mas não, ela ficou em pânico porque um PORCO ESPINHO estava passando pela trilha. ahahahahaha
Chegamos em Palmeiras exatos 18:30,  numa escuridão total. Um pouco antes nós ficamos alguns minutos perdidos, pois não encontrávamos a bendita seta amarela que indica o caminho. Ela estava ao lado da lixeira.
Comemos uma baita x-salada, tomamos um café e seguimos para fazer os últimos 53 km. A Beth estava muito cansada, então o Sérgio decidiu dormir em Palmeiras naquela noite. Saímos eu, o João e o Antonio para pedalar no escuro. Fui alucinante. Primeiro tivemos um declive de 600 m feito com muita adrenalina. Imagine você estando numa estrada de terra, com total escuridão (só com os faróis das bikes) e literalmente despencando 600 m de altitude. Show de bola. Após pegamos a subida mais íngrime de toda a pedalada. Foi a única subida que tive que empurrar. Enquanto empurrávamos a bike morro acima, escutávamos o maravilhoso som de uma cachoeira, que infelizmente não avistamos.
As horas já passavam da meia noite quando passamos por Benedito Novo. Nos últimos quilômetros erramos o caminho e tivemos que voltar uns 10 km para chegarmos em Timbó lá pelas 2 horas da madrugada.
O João ficou no hotel, enquanto o Antonio e eu colocamos as bikes no carro e voltamos para Curitiba abaixo de chuva, pois tínhamos que trabalhar antes das 8 da manhã.

Assim foi minha primeira aventura no Vale Europeu




Fotos 

Vale Europeu, Carnaval 2009

1º DIA
Saimos em 9 cabeças ( João, Carlos Stiegler, Tim, Toni, Sérgio e Beth, Antonio, Sérgio2 e eu) e seguimos pra Pomerode. Lá um casal (Flávio e Andréa) se juntou ao grupo. O casal pedala pra caramba (fazem corrida de aventura). No caminho pra Indaial começou a chover e descobrimos que o circuito está com um desvio por causa das catástrofes ocorridas em SC. Desvio que aumenta o trajeto em 6 km de subidas. Chegamos em Indaial de noite e abaixo de muita chuva. O Toni já tava P. da vida.

2º DIA
Primeira baixa. O Toni pediu pra sair. Seguimos pra Rodeio e depois subimos os 10 km do morro do Ipiranga. O Sérgio e a Beth pegaram carona (assim nao vale...hauahua). Ah....no começo da subida paramos pra tomar banho na cachoeira (muito massa). Seguimos pra Dr. Pedrinho, mas no meio do caminho o Antonio capotou e a bike foi parar num barranco (não tão alto). Tudo certo com ele e seguimos até o destino daquele dia. Chegamos em 3 partes: Sérgio e Beth antes (burlaram pegando carona), João e Tim (burlaram pegando asfalto) e depois o resto (pelo caminho correto)

3º DIA
Saímos bem tarde (+ - 9:30). Fomos até a cachoeira do véu da noiva e depois fomos enfrentar as subidas. O pneu do Sérgio2(amigo do Antonio) furou duas vezes, o bagageiro do Stiegler quebrou e o pneu do João furou com a bike parada. Misture todos esses contratempos com o sol escaldante e tempere com o cansaço dos outros dois dias. Indignados a galera decidiu pegar um atalho (disseram que por um descidão alucinante). O Flávio, a Andréia e eu fomos pelo caminho original e encontramos a galera no hotel parador da montanha. Ah...aqui eu posso dizer que fiquei num hotel chique que custa 250 reais e paguei apenas 15 reais. Mas é lógico que ainda paguei muito caro.

4º DIA
3 baixas. Stiegler, Tim e João. O Flávio e a Andréia partiram as 6:30, enquanto eu , os dois Sérgios, a Beth e o Antonio tomamos nosso rumo as 7:30. O dia foi bem susse (sem sol) e perto do meio dia nós estávamos almoçanco em Palmeiras. Ao pegarmos o descidão o freio do Sérgio (marido da Beth) não funcionava mais. Ele conseguiu parar, mas estava tremendo. Foi bem tenso, mas ao final deu tudo certo. Na hora do subidão o Sérgiio e a Beth pegaram outro caminho, ou seja, ficamos em 3 pessoas: Antonio, Sérgio e eu. Subimos o monstrengo, com direito a parada para entrar na casa de um morador (zequinha) e conhecer a cachoeira que avistamos lá de baixo. Depois foi só alegria, e finalizamos chegando em Timbó as 18:10.


Um comentário:

  1. Grande Aramis, bela aventura mesmo, vocês encarando aquela descida depois de Palmeira no escuro, deve ser irado.
    Se resolver ir novamente, passe pelo Zinco cara, é muito bonito este lugar, e se for para ficar na região dos lagos, tem a Familia Duwe, um tiozinho que mora do outro lado do lago e que atravessa as bikes e o pessoal em uma canoa, ele aluga umas casas la ou pode acampar até.
    E agora tem o circuito Costa Verde & Mar, qualquer coisa tamos ai em Blumenau para dar apoio. Valeu!

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